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A verdade dos fatos

O encontro dos governadores do Amazonas e de Rondônia no estado, por ocasião da abertura da Feira de Agronegócios do Acre, a Expoacre 2019, serviu muito mais que um evento protocolar entre chefes de Executivos, ele marca um divisor de gerações, com novos governadores comprometidos pelo desenvolvimento da Amazônia, numa agenda que de uma vez por todas, retire do papel projetos para o crescimento da economia regional.

“Às vezes, as políticas econômicas desse país são injustas com a Amazônia, com o monopólio dos grandes centros do Sul e do Sudeste. Mas devemos pensar num país que possa olhar para todos os estados, inclusive os nossos, onde 26 milhões de moradores abaixo da linha da pobreza esperam por uma oportunidade de vida melhor”, afirmou Gladson Cameli para membros da Ordem da Estrela do Acre, representantes dos poderes Legislativo, do Judiciário, diplomatas, prefeitos e secretários de Estado.

As palavras do governador do Amazonas, Wilson Lima, também convergem para a mesma direção. “Estamos vivendo neste momento uma ruptura na história de nossos estados, com um antes e o agora, muito mais consciente de que devemos ter responsabilidades diante do déficit orçamentário, das dificuldades financeiras por quais estamos passando, mas com um entendimento muito grande, enquanto líderes, de que estaremos unidos para realizarmos uma conexão com os mercados asiáticos por meio do Acre e por meio dos nossos irmãos peruanos e os seus portos no [oceano] Pacífico”, destacou o governador do Amazonas.

O pensamento do governador de Rondônia, Marcos Rocha, também é o de que todos os estados, incluindo Roraima, Tocantins, Pará e Amapá caminhem em bloco para vencer os percalços que entravam o desenvolvimento.

“Me perguntaram se eu também considerava o Acre um estado rival de Rondônia. E eu disse: ‘Não, nunca fomos rivais’. Pelo contrário, somos irmãos por entendermos que sofremos dos mesmos problemas, que temos as mesmas preocupações, mas que sem dúvidas, vamos vencer, caminhando em bloco, trazendo a alegria de volta para a nossa população. O nosso povo clama por emprego e renda e é inadmissível que ele tenha que viver sofrendo, com tanta riqueza na Amazônia”, ponderou Marcos Rocha.